terça-feira, 5 de agosto de 2014

INCLUSÃO, A VERDADEIRA' IGUALDADE É TRATAR OS DESIGUAIS DESIGUALMENTE

De acordo com o novo parâmetro relacionado ao princípio da não discriminação, trazido pela Convenção da Guatemala, aguarda-se que os aplicadores do direito, na adoção da máxima "tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais", admitam as diferenciações com base na deficiência apenas para o fim de se permitir o acesso ao direito, e não para o fim de negar o exercício dele. Exemplo: pessoa tetraplégica que precisa de um computador para acompanhar as aulas, esse instrumento deve ser garantido pelo menos para ela se não for possível para os outros alunos. É uma diferenciação, em razão da sua deficiência, mas para o fim de permitir que ela continue tendo acesso à educação como todos os demais. Nos termos da citada Convenção, não será discriminação se ela não estiver obrigada a aceitar.
“ O desenvolvimento de qualquer sujeito está articulado com sua constituição orgânica mas é fundado, constituído na vida coletiva” (FERREIRA 2005)
Para se ter a dimensão do entendimento que a sociedade tem sobre o indivíduo deficiente precisamos nos reportar ao passado, e localizar nas diferentes épocas, o retrato que se fixou, culturalmente, sobre a ideia das diferenças individuais e que se converteu no atual modelo de atendimento a este sujeito nas várias instituições, principalmente no sistema de ensino regular.
A compreensão da pessoa com necessidades educativas especiais sofreu transformações no decorrer do processo histórico que repercutiram na sua conscientização e encaminhamento educacional. Do ponto de vista da moral moderna, pode-se dizer que é possível constatar avanços (lentos, mas graduais) na maneira como a sociedade encarou e manejou a questão da deficiência.
Assim como a loucura, a deficiência na antiguidade oscilou entre dois polos bastante contraditórios: ou um sinal da presença dos deuses ou dos demônios; “ou algo da esfera do supra-humano ou do âmbito do infra-humano” como coloca Amaral (1994, p. 14).
Mazzotta (1995), em sua análise histórica, interpreta que até o séc. XVIII as noções a respeito de deficiência eram basicamente ligadas ao misticismo e ocultismo, não havendo base científica para o desenvolvimento de noções realísticas. Foi na Europa que se deram os movimentos pioneiros para o atendimento do indivíduo deficiente, isto também na forma de uma prática educacional.
No decorrer da História da Humanidade foram se diversificando a visão e a compreensão que as diferentes sociedades tinham acerca da deficiência. A forma de pensar e agir com relação à deficiência enquanto fenômeno e à pessoa enquanto ser modificaram-se com o passar do tempo e das condições sócio históricas.
Vamos dar uma pincelada sobre o histórico de todo esse complexo processo de reavaliação de conceitos até chegar a o que hoje chamamos de inclusão, tendo em vista que segundo Sassaki (2006), passamos por quatro fases básicas.
• Fase de Exclusão: período em que não havia nenhuma preocupação ou atenção especial com as pessoas deficientes ou com necessidades especiais. Eram rejeitadas e ignoradas pela sociedade.
• Fase da Segregação Institucional: neste período, as pessoas com necessidades especiais eram afastadas de suas famílias e recebiam atendimentos em instituições religiosas ou filantrópicas. Foi nessa fase que surgiram as primeiras escolas especiais e centros de reabilitação.
• Fase da Integração: algumas pessoas com necessidades especiais eram  encaminhadas às escolas regulares, classes especiais e salas de recursos,  após passarem por testes de inteligência. Os alunos eram preparados para adaptar-se à sociedade.
• Fase de Inclusão: todas as pessoas com necessidades especiais devem ser  inseridas em classes comuns, sendo que os ambientes físicos e os  procedimentos educativos é que devem ser adaptados aos alunos, conforme  suas necessidades e especificidades.
Segundo Correia (1999), a Idade Antiga, na Grécia é considerada um período de grande exclusão social, pois crianças nascidas com alguma deficiência eram abandonadas ou mesmo eliminadas, sem chance ou direito ao convívio social.
Na Idade Média, pessoas com deficiência eram também marginalizadas, até por questões sobrenaturais, rotuladas como inválidas,  perseguidas e mortas. Assim, muitas vezes as famílias preferiam escondê-las e assim, privá-las da vida comunitária e social. A ideia de promover aos filhos, qualquer tipo de intervenção em ambientes diferenciados não era uma prática comum. Conforme Jannuzzi (2004), no Brasil por volta do século XVIII, o  atendimento aos deficientes restringia-se aos sistemas de abrigos e à distribuição de  alimentos, nas Santas Casas, salvo algumas exceções de crianças que até  participavam de algumas instruções com outras crianças ditas normais.
No século XX, a questão educacional foi se configurando, mais pela concepção médico-pedagógica, sendo mais centrada nas causas biológicas da deficiência. Com o avanço da psicologia, novas teorias de aprendizagem começam a influenciar a educação e configuram a concepção na linha psicopedagógico, que ressalta a importância da escola e enfatiza os métodos e as técnicas de ensino. Por volta da década de 1990 e início do século XXI, avançam os estudos em Educação Especial no Brasil. Esse discurso favorável à inclusão foi fortemente  influenciada por movimentos e declarações internacionais, desde o final da década  de 40, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tomando maior impulso a  partir dos anos 90 em favor da implantação das reformas neoliberais.
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas produziu vários documentos internacionais, norteadores para o desenvolvimento de políticas públicas de seus países membros. O Brasil, membro da ONU e signatário desses documentos, reconhece seus conteúdos e os respeita na elaboração das políticas públicas nacionais. Dentre os documentos produzidos destacamos: Declaração Universal dos Direitos Humanos; Declaração Mundial Sobre Educação para Todos e “Plano de Ação para Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem”; Declaração de Salamanca; Convenção da Guatemala e a Declaração de Montreal.
A atual Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), que tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas de ensino para garantir acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino, ofertar o Atendimento Educacional Especializado – AEE, formação de professores para o AEE e demais profissionais da educação para a inclusão.  E a Resolução nº4/CEB/CNE, de 02 de outubro de 2009, vem instituir diretrizes operacionais para que esse atendimento, o AEE, se efetive na Educação Básica, modalidade da Educação Especial.

Ao olhar para o que foi feito até hoje, vimos que muitas barreiras já foram quebradas, muitos direitos já foram conquistados, mas observamos o quanto ainda precisa ser mudado, estudado e repensado, o quanto ainda precisa ser feito para termos uma inclusão benéfica.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

 MODELO DOS MODELOS AO AEE “DO PASSADO AO PRESENTE”

“ O desenvolvimento de qualquer sujeito está articulado com sua constituição orgânica mas é fundado, constituído na vida coletiva” (FERREIRA 2005)

Para se ter a dimensão do entendimento que a sociedade tem sobre o indivíduo deficiente precisamos nos reportar ao passado, e localizar nas diferentes épocas, o retrato que se fixou, culturalmente, sobre a ideia das diferenças individuais e que se converteu no atual modelo de atendimento a este sujeito nas várias instituições, principalmente no sistema de ensino regular.
A compreensão da pessoa com necessidades educativas especiais sofreu transformações no decorrer do processo histórico que repercutiram na sua conscientização e encaminhamento educacional. Do ponto de vista da moral moderna, pode-se dizer que é possível constatar avanços (lentos, mas graduais) na maneira como a sociedade encarou e manejou a questão da deficiência.
Assim como a loucura, a deficiência na antiguidade oscilou entre dois polos bastante contraditórios: ou um sinal da presença dos deuses ou dos demônios; “ou algo da esfera do supra-humano ou do âmbito do infra-humano” como coloca Amaral (1994, p. 14).
Mazzotta (1995), em sua análise histórica, interpreta que até o séc. XVIII as noções a respeito de deficiência eram basicamente ligadas ao misticismo e ocultismo, não havendo base científica para o desenvolvimento de noções realísticas. Foi na Europa que se deram os movimentos pioneiros para o atendimento do indivíduo deficiente, isto também na forma de uma prática educacional.
No decorrer da História da Humanidade foram se diversificando a visão e a compreensão que as diferentes sociedades tinham acerca da deficiência. A forma de pensar e agir com relação à deficiência enquanto fenômeno e à pessoa enquanto ser modificaram-se com o passar do tempo e das condições sócio históricas.
Vamos dar uma pincelada sobre o histórico de todo esse complexo processo de reavaliação de conceitos até chegar a o que hoje chamamos de inclusão, tendo em vista que segundo Sassaki (2006), passamos por quatro fases básicas.
• Fase de Exclusão: período em que não havia nenhuma preocupação ou  atenção especial com as pessoas deficientes ou com necessidades especiais. Eram rejeitadas e ignoradas pela sociedade.
• Fase da Segregação Institucional: neste período, as pessoas com necessidades especiais eram afastadas de suas famílias e recebiam  atendimentos em instituições religiosas ou filantrópicas. Foi nessa fase que  surgiram as primeiras escolas especiais e centros de reabilitação.
• Fase da Integração: algumas pessoas com necessidades especiais eram  encaminhadas às escolas regulares, classes especiais e salas de recursos,  após passarem por testes de inteligência. Os alunos eram preparados para adaptar-se à sociedade.
• Fase de Inclusão: todas as pessoas com necessidades especiais devem ser  inseridas em classes comuns, sendo que os ambientes físicos e os  procedimentos educativos é que devem ser adaptados aos alunos, conforme  suas necessidades e especificidades.
Segundo Correia (1999), a Idade Antiga, na Grécia é considerada um período de grande exclusão social, pois crianças nascidas com alguma deficiência eram abandonadas ou mesmo eliminadas, sem chance ou direito  ao convívio social.
Na Idade Média, pessoas com deficiência eram também marginalizadas, até por questões sobrenaturais, rotuladas como inválidas,  perseguidas e mortas. Assim, muitas vezes as famílias preferiam escondê-las e assim, privá-las da vida comunitária e social. A ideia de promover aos filhos, qualquer tipo de intervenção em ambientes diferenciados não era uma prática comum. Conforme Jannuzzi (2004), no Brasil por volta do século XVIII, o  atendimento aos deficientes restringia-se aos sistemas de abrigos e à distribuição de  alimentos, nas Santas Casas, salvo algumas exceções de crianças que até  participavam de algumas instruções com outras crianças ditas normais.
No século XX, a questão educacional foi se configurando, mais pela concepção médico-pedagógica, sendo mais centrada nas causas biológicas da deficiência. Com o avanço da psicologia, novas teorias de aprendizagem começam a influenciar a educação e configuram a concepção na linha psicopedagógico, que ressalta a importância da escola e enfatiza os métodos e as técnicas de ensino. Por volta da década de 1990 e início do século XXI, avançam os estudos em Educação Especial no Brasil. Esse discurso favorável à inclusão foi fortemente  influenciada por movimentos e declarações internacionais, desde o final da década  de 40, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tomando maior impulso a  partir dos anos 90 em favor da implantação das reformas neoliberais.
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas produziu vários documentos internacionais, norteadores para o desenvolvimento de políticas públicas de seus países membros. O Brasil, membro da ONU e signatário desses documentos, reconhece seus conteúdos e os respeita na elaboração das políticas públicas nacionais. Dentre os documentos produzidos destacamos: Declaração Universal dos Direitos Humanos; Declaração Mundial Sobre Educação para Todos e “Plano de Ação para Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem”; Declaração de Salamanca; Convenção da Guatemala e a Declaração de Montreal.
A atual Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), que tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas de ensino para garantir acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino, ofertar o Atendimento Educacional Especializado – AEE, formação de professores para o AEE e demais profissionais da educação para a inclusão.  E a Resolução nº4/CEB/CNE, de 02 de outubro de 2009, vem instituir diretrizes operacionais para que esse atendimento, o AEE, se efetive na Educação Básica, modalidade da Educação Especial.
Ao olhar para o que foi feito até hoje, vimos que muitas barreiras já foram quebradas, muitos direitos já foram conquistados, mas observamos o quanto ainda precisa ser mudado, estudado e repensado, o quanto ainda precisa ser feito para termos uma inclusão benéfica.



segunda-feira, 9 de junho de 2014

Recursos e Estratégias com tecnologia que possa apoiar alunos com TEA

Rosângela  Bez fala  que os recursos tecnológicos utizados como estratégias  no atendimento  para alunos com TEA servem para apoiar o processo de comunicação, propiciando subsídios, ao suplementar, complementar ou construir um processo de comunicação. As estratégias referem-se ao modo como os recursos da comunicação alternativa e aumentativa (CAA) são utilizados.

O termo  CAA é ampliado e usado para definir diferentes formas de comunicação como uso de gestos, as expressões faciais, o uso de pranchas de alfabeto ou símbolos pictográficos, até mesmo o uso de sistemas sofisticados de computador com voz sintetizada. Quando o indivíduo não apresenta outra forma de comunicação, denomina-se Comunicação Alternativa, e quando o indivíduo apresenta alguma forma de comunicação, mas não o suficiente para trocas sociais, é considerada Comunicação Aumentativa.
Como os recursos podem ser tanto de baixa tecnologia como alta vamos destacar para o apoio ao aluno com TEA os de baixa tecnologia, que podem ser representados por gestos manuais, expressões faciais, Código Morse e através de signos gráficos. Esses signos podem ser elaborados por meio da escrita, de desenhos, de figuras (fotos, gravuras, entre outros) e de símbolos pictóricos.
Os recursos de baixa tecnologia abaixo discriminados são planejados para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) o qual podem ser aplicados, com suas devidas adaptações, para alunos a partir de 3 de idade que esteja inserido na sala comum, bem como participando da Sala de Recursos Multifuncionais (SRM).
Recursos de Baixa Tecnologia: 

  • Prancha de comunicação: Que podem ser construidos utilizando-se objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números. São personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas. Uma das formas de se trabalhar com tais pranchas é por deixa-las soltas ou agrupadas em álbuns ou cadernos. O indivíduo vai olhar, apontar ou ter a informação apontada pelo parceiro de comunicação dependendo de sua condição motora.
    Objetivo: Considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seu aluno.
  • Eye-gaze: Consiste em uma prancha de apontar com os olhos que podem ser dispostas sobre a mesa ou apoiada em um suporte de acrílico ou plástico colocado na vertical. O indivíduo também pode apontar com o auxílio de uma lanterna com foco convergente, fixada ao lado de sua cabeça, iluminando a resposta desejada.
    Objetivo: Atender pessoas com as mais diversas deficiências ou limitações funcionais.
  • Avental: Confeccionado em tecido que facilita a fixação de símbolos ou letras com velcro, que é utilizado pelo parceiro. No seu avental o parceiro de comunicação prende as letras ou palavras e a criança responde através do olhar.
    Objetivo: Possibilitar uma comunicação divertida e flexível a necessidade de quem se comunica.

sábado, 19 de abril de 2014

O que diferencia surdocegueira da DMU

A surdocegueira é uma deficiência única em que o individuo apresenta ao mesmo tempo perda da visão e da audição. É considerado surdocego a pessoa que apresenta essas duas limitações independente do grau das perdas auditiva e visual. A surdocegueira pode ser congênita ou adquirida, não é deficiência múltipla. De acordo com o fascículo (AEE-DM) elas estão divididas em quatro categorias: Pessoas que eram cegas e se tornaram surdas, que eram surdos e se tornaram cegas, pessoas que se tornaram surdocegas, ou se tornaram surdocegas antes de terem aprendido alguma linguagem. Demonstram dificuldade em observar, compreender e imitar o comportamento de membros da família ou de outros que venha entrar em contato, devido á combinação das perdas visuais e auditivas que apresentam. A necessidade de uma pessoa para mediar e trazer informações de maneira integral se torna Imprescindível.
A Deficiência múltipla é quando uma pessoa se depara com mais de uma deficiência, é uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas que afetam, mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social”. De acordo com o fascículo (AEE- DMU), as pessoas com deficiência múltipla apresentam características específicas e peculiares, com necessidades únicas.  Não apresentam necessariamente os mesmos tipos de deficiência, podem apresentar cegueira e deficiência mental; deficiência auditiva e deficiência mental; deficiência auditiva e autismo e outros.  Por isso, faz-se necessário dar atenção a dois aspectos importantes: a comunicação e o posicionamento. As principais necessidades dos surdocegos e das pessoas com DMU se concentram em disponibilizarmos mecanismos e recursos em busca de favorecer a aprendizagem  da leitura, em registro simbólico, gestual, verbal entre outros.
Até quando a deficiência não predomina na área intelectual, o trabalho pedagógico deverá está em constante interação com o meio em que se vive. Os professores que conhecem as características do ambiente educacional podem identificá-las, promovendo as adequações que ajudarão a participação desses alunos na turma.   Também é importante que percebam e construam um meio de comunicação buscando recorrer a estratégias, onde o foco está na metodologia mais acessível para que o aluno se faça ser compreendido, sendo com a através de gestos, figuras em alto relevo ou em tinta, ficha de comunicação e alternativa, etc.

As pessoas surdocegas necessitam de formas específicas de comunicação para terem acesso à vida social e escolar. Portanto é preciso elaborar estratégias de aprendizagem como observar o nível intelectual e educacional alcançado por ela antes de adquirir a surdocegueira. Outra estratégia importante para ajudar uma pessoa que não apresenta nenhum resíduo visual ou auditivo é explorar o meio em que ela vive, podemos também começar utilizando a técnica da “mão sob mão”, colocando a mão sob a mão da pessoa e assim orienta o seu movimento sem a controlar, permitindo desta forma que explore o ambiente, o seu corpo ou o corpo do seu orientador. Esta estratégia deve ser bem planejada e ter como objetivo favorecer a interação da pessoa com deficiência e o meio em que ela vive.
        
          Figura 1  - Método Tadoma
          Fonte: Site : Google imagens

quinta-feira, 13 de março de 2014

Educação Escolar de Pessoas com Surdez Atendimento Educacional Especializado em Construção


Educação Escolar de Pessoas com Surdez
 Atendimento Educacional Especializado em Construção

O artigo expõe de forma argumentativa a educação escolar de pessoas com surdez e o atendimento educacional especializado, os autores Drª Mirlene Ferreira Macedo Damázio e Josimário de Paulo Ferreira apresentam reflexões sobre esse contexto educacional. Eles rompem com o embate entre os gestualista e os oralistas, e fazem suas interpretações à luz do pensamento pós-moderno.
Na concepção dos autores o indivíduo Surdo é um ser humano descentrado, em que os processos perceptivos, linguísticos e cognitivos poderão ser estimulados e desenvolvidos, tornando-os seres humanos capazes, produtivos e constituídos de várias linguagens, com potencialidade para adquirir e desenvolver não somente os processos visuais-gestuais, mas também ler e escrever as línguas em seus entornos, pois esse é um ser biopsicossocial, cognitivo e cultural.
Damázio e Ferreira (2010,p.47) afirmam que:

A nova política da educação especial na perspectiva da educação inclusiva oportuniza a pessoa surda desenvolver suas habilidades educacionais e sociais, com isso o serviço complementar do Atendimento Educacional Especializado na escola/classe comum, oferece novas possibilidades para as pessoas com surdez, em que a Libras e a Língua Portuguesa escrita são línguas de comunicação e instrução.

Assim, nesse processo de ressignificação da educação de pessoas com surdez, a ótica do bilinguismo é a nova tendência do momento.
Dessa forma, o AEE PS respeita princípios pedagógicos essenciais, que garantem o acesso às duas línguas obrigatórias para o atendimento do aluno com surdez e para romper a confusão nas práticas pedagógicas e nas ações e funções dos profissionais que atuam em prol da educação desses alunos, Damázio (2005:69-123), apresenta os três momentos didático-pedagógicos, que são:
·         Atendimento Educacional Especializado;
·         Atendimento Educacional Especializado para o ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
·         Atendimento Educacional Especializado para o ensino DE LIBRAS
 Exemplificação dos três momentos do AEE PS na escola
Sala de aula comum
Ameduca (92)
Sala de aula comum. Lousa na parede do fundo da sala, cartazes nas paredes laterais. Alunos em semicírculo e sentados em cadeiras. 7 alunos do lado direito, 7 do lado esquerdo e professora sentada  ente os dois lados, encostada na lousa. Professora e alunos tecem concretamente a teia utilizando linha grossa colorida. No centro, diversos materiais: Papéis, colas, miniaturas entre outros.
AEE de Libras
ameduca (87)
AEE de Libras. Sala do AEE. Professora e aluno, ambos de pé. Professora segura um cartaz com imagens. Aluno participando da aula ao lado do cartaz. Ao fundo, lousa com outras  imagens.
AEE em Libras
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AEE em Libras. Sala do AEE. Na parede frontal da fotografia o professor explica aos 6 alunos que estão dispostos em semi-círculo. Utiliza recursos imagéticos. Na mesma parede, do lado esquerdo, a tecitura dos contextos. Na parede atrás do professor, uma lousa. No meio dos alunos mesa com materiais concretos.
AEE para o ensino da Língua Portuguesa
ameduca (96)
.
AEE para o ensino da Língua Portuguesa. Aluno sentado utilizando a mesa, escrevendo no caderno com lápis. Ao fundo, mesas com diversos livros.
Fonte: Texto: Educação Escolar de Pessoas com Surdez - Atendimento Educacional Especializado em Construção.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

DESCRIÇÃO DA OBRA DE ARTE PALMATÓRIA DE DEBRET DE ALEIJADINHO

qDoow/s1600/Aleijadinho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> PALMATÓRIA DE DEBRET O quadro Palmatória de Debret demonstra três escravos ( homens negros) fazendo serviços de carpintaria, eles utilizam peças de madeiras e instrumentos de ferro (martelo, chave de fenda) em um ambiente interno de trabalho, sendo que um deles está ajoelhado e sendo disciplinado com o instrumento punitivo palmatória por homem alto, forte e branco chamado Feitor, e essa cena está sendo visualizada discretamente por uma mulher alta, loira e branca. Aplicação Pedagógica da Imagem: Este quadro é uma obra de arte riquíssima para ser explorado pedagogicamente e de maneira interdisciplinar. Cabe ao professor usar estratégias e assuntos que tenham significados para seus alunos. Para tanto posso exemplificar e focar as seguintes disciplinas e assuntos: Arte: Quem foi o autor da obra, Pintura em alto–relevo; Língua Portuguesa: Produção de texto; História: Ano em que ocorreu o fato, Acontecimentos e Contextualização da época; Geografia: Local Geográfico, Relevo, Paisagens, Ciências: Noções de tempo Dia e Noite.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Quebra-cabeça Jogo que pode favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com deficiência intelectual

Jogo que pode favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com deficiência intelectual Descrição É feito de papel cartão, ou algum tipo papel resistente, cole as mais variadas imagens impressas, pode ser o tema que você está trabalhando na sala, por exemplo, as mais comuns são as paisagens naturais, reproduções de obras de artes famosas e construções típicas de alguma cidade. A imagem é colada no papel e depois é cortada em uma prensa, onde lâminas definem o formato das peças. Você pode definir as formas. Muitos professores compram quebra-cabeça pronto. Sugestão de aplicabilidade e indicação dos aspectos dos mecanismos de aprendizagem a serem desenvolvidos a partir da utilização desse material: O quebra-cabeça é um jogo pedagógico que pode favorecer o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno com deficiência intelectual, ele pode ser muito bom para o cérebro, pois requer a formalização e a utilização de estratégias para posicionar as peças. Além disso, os quebra-cabeças são úteis para aperfeiçoar a concentração de crianças, adolescentes e adultos. Crianças que resolvem quebra-cabeças em conjunto com outras crianças tendem a agir socialmente ao compartilhar estratégias para resolver de maneira mais eficaz. Após resolvermos um quebra-cabeça, o nosso cérebro libera estímulos para recompensar o trabalho e isso faz com que tenhamos vontade de enfrentar novos desafios. Estimula: • Atenção, motricidade, percepção visual; • Noção de cor e quantidade; • Raciocínio lógico. Intervenção do Professor Segundo Piaget (1976), uma ação não é necessariamente lúdica ou adaptativa na sua origem. Qualquer ação pode ser transformada em jogo este é movido pelo desejo de desenvolver o prazer e poder. Através de jogos, é possível trabalhar a afetividade e o social, desenvolvendo assim a criatividade na criança. O jogo de quebra- cabeça possibilita que a dimensão simbólica da criança se manifeste em fazer o que pode ser partilhado com o outro, resinificando e transformando sua realidade. Sugere-se ao professor organizar os alunos de maneira individual, em dupla ou para o trabalho em grupo, juntando alunos que aprendem com facilidade e alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem. O professor do AEE pode explorar: a contagem das peças, trabalhar cores, formas e tamanho, perceber as diferenças. O professor pode trabalhar ainda a atenção, concentração, percepção e agilidade.